Paes Loureiro, Violeta Loureiro e Aldrin Figueiredo lançam livros na 28.ª Feira Pan-Amazônica Multivozes, em Belém, no Pará

 



De 16 a 22 de agosto de 2025, o Hangar Centro de Convenções, em Belém, no Pará, recebe a 28.ª Feira Pan-Amazônica do Livro e das Multivozes e a editora Valer lançará livros de três autores paraenses: João de Jesus Paes Loureiro, Violeta Loureiro e Aldrin de Figueiredo.


Este ano, os homenageados do evento são a escritora e poeta Wanda Monteiro e o compositor e criador do búfalo-bumbá, Mestre Damasceno. A visitação é gratuita e ocorre das 9 às 22h, com entrada até às 21h.


O primeiro lançamento da editora Valer será do livro ‘A história da arte e as imagens da Amazônia’, da coleção Reflexões Amazônicas, de Aldrin Moura de Figueiredo, dia 19 de agosto, às 17h, no estande da Editora da UFPA. 


No livro, o autor tece uma panorâmica da História da Arte, registrando as primeiras imagens da Amazônia, produzidas pelos europeus. Por meio das manifestações artísticas, observamos o impacto que as culturas recém-entradas no cenário europeu causaram. Por fim, apresenta artistas contemporâneos amazônidas que, embora, inscrevam uma linguagem do local, carregam em si a universalidade e a liberdade da Arte. 


“Esta é uma reflexão que merece ser prolongada e que precisa chegar ao grande público, a fim de aguçar o conhecimento sobre a região e o sentimento de pertença a partir de uma linguagem própria do discurso artístico”, ressaltou Neiza Teixeira, coordenadora editorial da Valer. 


Aldrin é graduado em História (UFPA, 1989), especialista em Antropologia Social (UFPA, 1993), mestre e doutor em História (Unicamp, 1996, 2001) e bolsista de produtividade do CNPq. Foi diretor do Centro de Memória da Amazônia (2013-2017) e foi pesquisador vinculado à Cátedra João Lúcio de Azevedo (Instituto Camões e UFPA, 2018-2024). Atualmente é o diretor do Museu do Instituto Histórico e Geográfico do Pará, atuando também como professor e pesquisador da Faculdade de História e do Programa de Pós-Graduação em História Social da Amazônia da Universidade Federal do Pará, na qual coordena o grupo de Pesquisa em História Social da Arte (UFPA/CNPq).


Violeta Loureiro


O próximo lançamento será no dia 20 de agosto, às 17h, no estande da Editora da UFPA, do livro ‘Travessia – Uma vida entre a Amazônia e o mundo’, da socióloga Violeta Loureiro. 


Por meio de vivências atravessadas por estudos e aventuras em todos os lugares que passou, Violeta Loureiro oferece-nos, nesta obra, uma retrospectiva da sua história, desde Roraima até o momento em que se depara com o mundo de Belém, capital do Pará. São 80 anos dedicados aos estudos e a fim de satisfazer a sua necessidade de ganhar e compreender a realidade, dela e dos outros, nós. Tudo iniciou na meninez, com a orientação dos seus pais, zelosos e preocupados com a boa formação dos filhos. Na infância/adolescência saiu de casa, transportada pelo avião da Força Aérea Brasileira – FAB, para estudar no Rio de Janeiro. Depois, foi Campinas, Paris, Coimbra, que contribuíram para que se consolidasse uma das mais importantes pesquisadoras das Amazônias.

Este é um livro que contribui para a nossa formação, conhecimento e reflexão.


De acordo com Neiza Teixeira, Violeta Loureiro, uma intelectual cuja vida é marcada por pesquisas sobre as Amazônias, surpreende-nos com “Travessia – Uma vida entre a Amazônia e o mundo”, pois a obra não só presta contas à sociedade que investiu na sua formação e à Universidade Federal do Pará (UFPA), mas também narra seu percurso pessoal, construindo um panorama que começa em Roraima, percorre vários Estados brasileiros, chega à Europa, aos Estados Unidos e ao Japão.


Violeta Loureiro é graduada em Ciências Sociais pela UFPA (1969), com mestrado em Sociologia pela Unicamp (1985), doutorado no Institut des Hautes Études de l’Amérique Latine (LHEAL), em Paris (1994), e pós-doutorado na Universidade de Coimbra, em Portugal (2006).


Em sua trajetória profissional, destaca-se pela contribuição ao desenvolvimento da Sociologia no Pará e na Amazônia, reconhecimentos que culminaram no título de Professora Emérita, concedido pela UFPA em 2015, e no Prêmio Florestan Fernandes, concedido pela Sociedade Brasileira de Sociologia (SBS) em 2021. Esses prêmios somam-se a outros reconhecimentos recebidos ao longo de sua carreira, muitos relacionados à sua atuação em defesa da educação pública de qualidade.


Paes Loureiro


No dia 21 de agosto, às 17h, no estande da Editora da UFPA, o poeta, prosador e ensaísta aclamado João de Jesus Paes Loureiro lançará o livro: ‘Cultura Amazônica sempre – rapsódias teóricas’. 


Nascido em Abaetetuba, aos 85 anos, Paes Loureiro é reconhecido pelas obras que refletem a profunda conexão com a cultura e o imaginário amazônicos. Com uma extensa lista de livros traduzidos ou publicados, além do Brasil, como Japão, Alemanha, França, Portugal, Itália, foram publicados pela Valer: ‘Cultura amazônica: uma poética do imaginário’, ensaio; ‘Triádicos: poesia em pequenos formatos’, poesia; ‘O rei e o jardineiro’, infantojuvenil; ‘Andurá – onde tudo é e não é’, romance; ‘O caminho das palavras’, poesia.


O livro é dividido em dois grandes capítulos, o primeiro intitulado ‘As travessuras de Eros em mitos Amazônicos’, o autor explana sobre ‘O Boto’, ‘A Uiara’, ‘Tambatajá’ e ‘As Icamiabas’; e no segundo ‘A lenda como utopia social – uma rapsódia teórica’, Paes traz ‘Monólogo panamazônico em abril 2000’, ‘Códigos do imaginário amazônico’ e ‘O Dibubuismo’.


A obra, que faz parte da Coleção Reflexões Amazônicas, que é um conjunto de livros que traz, entre outros pensadores e escritores, Milton Hatoum, Márcio Souza, Renan Freitas Pinto e Marilene Corrêa, e é voltada para estudantes, para professores universitários, para pesquisadores e demais interessados em conhecer o que se faz em pesquisa nas Amazônias.



Sobre a feira


Nesta edição, o evento homenageia o mestre da cultura popular Mestre Damasceno e a escritora e poeta Wanda Monteiro, e aposta em uma cenografia sustentável.


Promovida pelo Governo do Pará, por meio da Secretaria de Estado de Cultura (Secult), a programação conta com rodas de conversa, encontros com autores, saraus, apresentações culturais, performances artísticas e mostra de projetos das redes públicas estadual e municipal de ensino. A programação é gratuita, sempre das 9 às 22h, com entrada até 21h.


Sete eixos temáticos norteiam as atividades ao longo dos sete dias, destacando a pluralidade de saberes e vivências da Amazônia. A abertura, no dia 16, será com as Vozes da Poética e da Encantaria, seguida pelas Vozes do Clima e COP-30, Vozes da Diversidade e Inclusão, Vozes da Infância e Juventude, Vozes do Escritor Paraense, Vozes Cabanas e, no encerramento, Vozes dos Saberes Ancestrais.


A sustentabilidade estará refletida na cenografia da feira. Toda a estrutura foi concebida priorizando a reutilização de materiais de edições anteriores e evitando o uso de plásticos e itens descartáveis. A proposta busca reduzir a geração de resíduos e reforçar o compromisso com o uso consciente dos recursos públicos, em alinhamento às diretrizes do Estado.


Para finalizar, a cada dia de Feira haverá apresentações musicais de Mestre Damasceno e Nativos Marajoaras, Alba Mariah, Andréa Pinheiro, Paulo José Campos, Nany People, Roberta Campos, Nilson Chaves, Allex Ribeiro, Pedrinho Cavalléro, Silvinha Tavares e Quentes da Madrugada.

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